15 de janeiro de 2022 às 10:24
O comitê de campanha de Jair Bolsonaro (PL) já começou a ganhar forma com um núcleo de aliados que tem discutido estratégias para a reeleição. O grupo, com divisões de tarefas já delineadas, é formado inicialmente por Flávio Bolsonaro (senador), Valdemar Costa Neto (comandante do PL), Ciro Nogueira (ministro-chefe da Casa Civil e cacique do PP) e Onyx Lorenzoni (ministro do Trabalho).
Primogênito do presidente, Flávio tem uma posição de liderança considerada natural por ser a pessoa de maior confiança do titular do Palácio do Planalto e por ter ajudado na negociação com partidos da base do governo. Caberá a ele a interlocução entre o time político e outros grupos que apoiam Bolsonaro.
Já Valdemar Costa Neto, presidente do partido de Bolsonaro, assumiu a dianteira da coordenação dos palanques nos estados. O cacique do Centrão tem atuado próximo a Ciro Nogueira, com quem se reuniu na última terça-feira no Planalto.
A Ciro cabe fazer a análise das pesquisas de intenção de voto e mapear as ações do Executivo que possam ser exploradas positivamente.
Quarto integrante do comitê, Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho, é um dos poucos remanescentes de 2018 que se mantêm no núcleo duro de Bolsonaro. Coordenador da equipe anterior, ele tem participado das discussões — uma delas aconteceu em sua casa — mas a tendência é que se distancie para tocar a própria campanha ao governo do Rio Grande do Sul.
O quarteto tem debatido a necessidade de contratação de um marqueteiro para retocar a imagem de Bolsonaro e minimizar os danos causados nas pesquisas pelo seu discurso antivacina.
Na avaliação do grupo, diferentemente das eleições em 2018, Bolsonaro terá uma disputa mais ferrenha nas redes sociais.
Caberá, portanto, a um profissional reunir os dados positivos e os programas do governo, que já estão sendo coletados por Ciro Nogueira. Valdemar da Costa Neto e Flávio estão à procura de um nome com experiência em campanhas.
O GLOBO
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