Blog do Dina - Planos de Saúde da AMIL São Investigados por Suspeita de Cancelamento de Contrato de Pessoas com Deficiência


Planos de Saúde da AMIL São Investigados por Suspeita de Cancelamento de Contrato de Pessoas com Deficiência

26 de junho de 2024 às 10:24

A Amil Assistência Médica Internacional, está na mira do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). A empresa, conhecida por fornecer planos de saúde, enfrenta um inquérito civil por supostos cancelamentos unilaterais de planos destinados a pessoas com deficiência. Isso mesmo, cancelamentos arbitrários que podem ser uma forma de discriminação flagrante.

Início das Investigações

O inquérito foi instaurado pela 9ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal após uma Notícia de Fato apontar para práticas suspeitas. Baseando-se em um arsenal de legislações — desde a Constituição Federal de 1988 até a Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) e a Lei nº 9.656/98 que regula os planos de saúde — o MP busca verificar se a AMIL realmente cruzou a linha da legalidade e do decoro.

A Constituição é clara ao assegurar a dignidade da pessoa humana e promover o bem de todos, sem qualquer forma de discriminação. O Estatuto da Pessoa com Deficiência reforça que essas pessoas têm direito aos mesmos serviços de saúde oferecidos aos demais. E a Lei nº 9.656/98? Proíbe a exclusão de beneficiários com deficiência dos planos de saúde. Portanto, se a AMIL estiver mesmo cancelando planos de forma arbitrária, estamos falando de uma violação múltipla de direitos.

Procedimentos do Inquérito

A promotora Rebecca Monte Nunes Bezerra já determinou uma série de ações para apurar os fatos:

  • Expedição de ofícios: A AMIL e os órgãos competentes foram notificados sobre o inquérito e terão que dar suas explicações.
  • Publicação no Diário Oficial: O extrato da portaria foi publicado para dar publicidade ao inquérito, garantindo que todos saibam o que está acontecendo.

A AMIL terá que explicar direitinho esses cancelamentos de planos de saúde. Se as suspeitas forem confirmadas, a empresa poderá enfrentar sérias consequências. Fica a pergunta: até que ponto as práticas de mercado e a busca por lucros justificam a exclusão de pessoas com deficiência de serviços essenciais? O MPRN está determinado a descobrir a verdade e a garantir que os direitos de todos sejam respeitados.

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