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Polícia Federal Investiga Fraude Em Sistema de Vacinação no Ministério da Saúde

4 de julho de 2024 às 9:50

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje a segunda fase da Operação Venire, que investiga uma associação criminosa responsável por inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 no sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos vinculados ao Ministério da Saúde. A operação foi noticiada pela Agência Brasil.

Segundo comunicado da PF, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os alvos são agentes públicos do município de Duque de Caxias (RJ), suspeitos de facilitar a inserção de dados falsos de vacinação no sistema. "A ação tem como objetivo ainda buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento", afirmou a PF no comunicado. Ao todo, estão sendo cumpridos dois mandados nas cidades do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias.

Entenda a Operação Venire

A primeira fase da Operação Venire foi deflagrada em maio do ano passado, resultando na prisão do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Na ocasião, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente, em Brasília.

A operação investiga a adulteração dos cartões de vacina de Bolsonaro, sua filha Laura e Mauro Cid. A imunização teria sido feita na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2021. No entanto, a prefeitura de São Paulo afirmou que, apesar de haver registro no sistema com o CPF de Bolsonaro, a UBS nunca atendeu o ex-presidente, nem recebeu o lote da vacina citado no registro. Além disso, a profissional registrada como vacinadora nunca trabalhou na unidade mencionada.

O Ministério da Saúde informou que todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do Sistema Único de Saúde (SUS) são rastreáveis e feitas mediante cadastro, garantindo que não houve relato de invasão externa ou acesso sem cadastro ao sistema no período investigado pela PF.

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